Depois do melanoma (pele), câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras e o que apresenta maior índice de mortalidade.
A doença responde por 25% dos casos novos de câncer, o que anualmente corresponde a cerca de 57.960 novos casos (INCA 2016), com mortalidade estimada em 2013 de 14.388 pacientes, de acordo com o Sistema de Informação de mortalidade.
Há diversos subtipos de câncer de mama que apresentam características específicas e determinam maior ou menor agressividade. Cada vez mais estão sendo produzidas drogas que tratam especificamente cada subtipo tumoral. Assim, é importante identificar os subtipos para promover o melhor tratamento.
Fatores de Risco:
O câncer de mama é uma doença multifatorial e muitas variáveis influenciam o seu aparecimento. Entre os principais fatores, podemos destacar o gênero. Ser do sexo feminino é o principal fator de risco, já que o câncer de mama é raro nos homens, correspondendo a 1% do total de casos da doença. A idade é outro fator importante, com o passar dos anos, vamos acumulando exposições a cancerígenos e alterações biológicas que aumentam o risco de ocorrer modificações genéticas de nossas células que quando não reparadas, podem ocasionar o câncer. Assim, esse câncer é bastante incomum antes dos 35 anos e tem sua frequência progressivamente aumentada após os 50 anos.
fatores de risco:
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Não ter filhos ou tê-los após 35 anos de idade;
- Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade;
- Menopausa após os 65 anos de idade.
Além disso, existem pessoas com características de alto risco, que apresentam 20% mais chances de desenvolvimento da doença. São elas:
- mutação genética;
- história pessoal de câncer de mama;
- mãe, irmãos e filhos com câncer de mama antes de 45 anos;
- parente direto do sexo masculino com câncer de mama;
- mãe, irmãos e filhos com câncer de ovário;
- radioterapia torácica;
- pessoas com lesões precursoras de câncer de mama.
Sintomas e diagnóstico precoce:
O autoexame é fundamental para que toda mulher conheça o próprio corpo. Tocar-se periodicamente ajuda a notar modificações sutis para procurar o médico mais rapidamente.
Cerca de 90% dos casos se manifesta como nódulo mamário. Outras manifestações podem ser vermelhidão e inchaço na pele, úlceras, dor local, saída de líquido transparente ou avermelhado pelo mamilo e nódulos axilares. Todos esses sintomas podem estar presentes em diversas doenças benignas da mama, ainda assim devem ser investigados pelo médico.
O ideal seria detectar o câncer de mama em fases precoces para aumentar as chances de cura das pacientes. A mamografia rotineira é capaz de fazer essa detecção e é o principal instrumento de rastreamento da doença, diminuindo o índice de mortalidade.
Tratamento:
O tratamento do câncer de mama deve ser individualizado e multidisciplinar. Deve ser levada em consideração a idade da paciente, o tipo tumoral e o estágio de desenvolvimento do tumor.
O tratamento curativo sempre necessita de cirurgia, as outras modalidades de tratamento são indicadas para cada caso especificamente e incluem radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e hormônio terapia.
A cirurgia do câncer de mama tem se modificado ao longo dos anos, cada vez mais tenta-se poupar e reconstruir a mama, com resultados estéticos cada vez melhores. É importante ressaltar que quanto mais inicial é o tumor, menos agressivo é o tratamento e melhor a sobrevida das pacientes.
Assim, o câncer de mama é uma doença frequente entre as mulheres, seu diagnóstico precoce é fundamental na melhora da sobrevida e esse pode ser atingido com a mamografia de rotina e o autoexame.
Fonte: Porto Seguro