Segundo a CNseg, entidade que representa as empresas de seguros, até outubro de 2014 foram vendidos mais de R$ 26 bilhões em seguros de automóveis. O preço desse tipo de produto, um dos mais populares no setor de seguros, é definido de acordo com o tipo do automóvel e perfil do usuário.
Ainda que duas pessoas tenham um carro do mesmo modelo e ano, as apólices podem ser de valores bem diferentes – a diferença, de acordo com os perfis do cliente e do bem segurado, pode girar de 20% a 50%.
E nem todos os fatores levados em consideração pelas seguradoras estão sob controle do usuário. O índice de violência no bairro onde mora ou trabalho, por exemplo, pode encarecer ou baratear o produto consideravelmente.
“Isso tudo é avaliado de acordo com as respostas do questionário de avaliação de risco respondido pelo segurado com a ajuda do corretor. E é importante lembrar que fraudes podem interferir numa numa possível indenização”, explica Jaime Soares, superintendente de Automóveis da Porto Seguro.
Veja quais são os fatores que podem encarecer seu seguro de automóvel:
1. Idade: Condutores mais jovens, com faixa etária de 18 a 24 anos, pagam mais pelo seguro de seu automóvel. “Quanto mais experiente, mais barato o seguro fica. A maior experiência interfere em questões relacionadas a segurança do carro. As pessoas mais velhas procuram deixar o carro em estacionamentos, por exemplo, enquanto os mais jovens estacionam frequentemente na rua”, diz Soares.
2. Sexo: Os sinistros de automóveis conduzidos por mulheres são menos onerosos: elas podem bater o carro mais vezes, talvez, mas o custo de reparo do automóvel é menor. No entanto, a questão do sexo interfere cada vez menos na precificação. Na medida que as pessoas ficam mais velhas, as estatísticas mostram que as diferenças entre os sexos não são tão grandes.
3. Distância percorrida pelo veículo: Você mora muito longe do trabalho ou da faculdade? Isso pode deixar o seguro do seu automóvel mais caro.
4. Bônus: Se você é segurado há cinco, dez anos com a mesma seguradora e nunca teve um sinistro, pode ter desconto na apólice do seu seguro. “Se o segurado tem um histórico de sinistros, com muitos acidentes ou furtos, pode ver o preço de sua apólica ficar mais cara”, diz Soares.
5. Localização: Quem mora em bairros com maiores índices de roubos e furtos, paga mais.
6. Garagem: Seu carro fica estacionado em garagem ou na rua de casa? A garagem é aberta ou fechada? Há estacionamento no seu local de trabalho? E na faculdade? O portão da garagem é automático ou manual? Seu prédio tem porteiro? Todas essas perguntas são encontradas nos questionários elaboradas pelas seguradoras e refletem diretamente no preço do seguro.
7. Fidelidade: Na Bradesco, por exemplo, um fator importante de desconto é a manutenção do seguro na companhia. “A manutenção ao longo dos anos que proporciona um desconto de fidelidade”, diz Lima.
8. Coberturas: Segundo Barros, as coberturas escolhidas pelos clientes e o valor das indenizações em caso de sinistro são fatores importantes na precificação do seguro.
No caso de uma indenização de R$ 50 mil para danos a terceiros – caso você bata em outro carro ou atropele um pedestre, por exemplo – o preço é um. Para uma indenização de R$ 200 mil, outro.
Soares explica que, basicamente, existem seguros com coberturas básicas – roubo e incêndio – e o seguro compreensivo, que abrange coberturas para colisão, incêndio, roubo ou furto, e danos da natureza (inundações, raios, quedas de árvore, entre outros). “95% dos nossos segurados escolhem a cobertura coberta porque quer estar preparado e seguro para qualquer situação.”
Fonte: Revista Seguro Total